“Fontes de inspiração”, diz Norman Foster sobre Brasília e Oscar Niemeyer

Norman Foster (de bege, ao centro), sua esposa, Elena Ochoa, e Ana Lúcia Niemeyer visitam o Palácio do Planalto. Foto: SIP/PR
O renomado arquiteto britânico Norman Foster visitou neste fim de semana os palácios do Planalto e da Alvorada, a convite de Anna Maria, filha de Oscar Niemeyer. O objetivo foi conhecer pessoalmente as obras do arquiteto brasileiro, declarado por Foster como “fonte de inspiração”. O Blog do Planalto acompanhou a visita.
Após conhecer o Salão Nobre e fazer uma rápida parada no Parlatório do Palácio do Planalto, Norman Foster seguiu para o Palácio da Alvorada. Visivelmente emocionado após visitar a capela, Foster declarou-se maravilhado com a obra de Niemeyer. O arquiteto inglês definiu Brasília como coreografada, uma cidade em absoluto equilíbrio, com arquitetura eternamente jovem.

Assista vídeo sobre a visita do famoso arquiteto a Brasília:
 
 

A esposa de Norman Foster e integrante da comitiva, Elena Ochoa, afirmou que o Palácio da Alvorada era o lugar mais bonito que já conheceu. “Estou muito emocionada, com vontade de chorar”, continuou. “Pensei que já tivesse visto os lugares mais bonitos do mundo, mas na verdade o Palácio da Alvorada é este lugar.”
Anna Maria Niemeyer contou que a ideia de convidar Norman Foster para conhecer Brasília surgiu de conversas onde o arquiteto britânico declarava a influência das linhas curvas de Oscar Niemeyer em suas obras. Segundo Anna, ao chegar à Esplanada dos Ministérios, Foster externou o desejo de voltar à capital federal com mais tempo para conhecer melhor a arquitetura da cidade.
Antes do Palácio do Planalto, o grupo conheceu a Catedral Metropolitana, os ministérios, o Congresso Nacional, os Palácios Itamaraty e da Justiça, a sede do Supremo Tribunal Federal e a Praça dos Três Poderes.
Biografia – Norman Foster nasceu na região de Stockport, Inglaterra, em uma família de origem humilde, e formou-se em arquitetura em 1961, pela Manchester University. Em 1997, foi condecorado com a Ordem do Mérito britânica e, em 1999, elevado à condição de Barão, sendo conhecido atualmente como Barão Foster do Tâmisa.
Foi premiado duas vezes com o Prêmio Stirling, sendo a primeira vez pelo Museu Imperial de Duxford em 1998 e, a segunda, pelo 30 St Mary Axe em 2004. Em 2009 recebeu o Prêmio Príncipe das Astúrias.
Discípulo de James Stirling e bandeira do pós-modernismo na arquitetura, Foster é um dos arquitetos mais prestigiados e influentes da atualidade. As obras dele se caracterizam pela utilização de soluções tecnologicamente inovadoras, evidenciadas por sistemas construtivos semelhantes aos adotados na indústria pesada, e com preocupação com o meio ambiente.
Os traços de Norman Foster são ainda conhecidos pelas estruturas metálicas como solução sustentável e pelo emprego de superfícies curvas, com a diversificação de materiais e desenho e planejamento urbanístico.
Fonte: Blog do Planalto.
Foto: Norman Foster (de bege, ao centro), sua esposa, Elena Ochoa, e Ana Lúcia Niemeyer visitam o Palácio do Planalto. Crédito: SIP/PR.