Após o governo anunciar que planeja acabar com a isenção de impostos sobre produtos da cesta básica, o líder do PT do Senado, Humberto Costa (PE), fez duras críticas à política econômica do governo do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o senador, o governo vem ampliando os encargos aos mais pobres, enquanto a camada mais rica da população segue sendo beneficiada pelos projetos do governo.

Bolsonaro quer acabar com a isenção de imposto de alimentos e itens considerados essenciais que compõem a chamada cesta básica. Com isso, produtos como pão, arroz, feijão e carne devem ficar mais caros. Na tentativa de justificar o aumento, o governo promete restituir parte do dinheiro arrecado com os mais pobres através de algum mecanismo, como o Bolsa Família.

Para Humberto, a proposta é mais uma ação do projeto de maldades que vem sendo produzido pelo governo Jair Bolsonaro.

“Em um dos raros momentos de sinceridade, Bolsonaro disse que não gostava de pobre. E é verdade. Desde que assumiu, vem fazendo de tudo para massacrar a camada mais vulnerável da população. Depois de anunciar que vai taxar os desempregados, o governo quer acabar com a cesta básica e diminuir ainda mais o acesso das pessoas a produtos essenciais. Em vez de taxar as grandes fortunas, o governo taxa as grandes pobrezas”, ironizou o senador.

O senador também criticou a proposta do governo de criar um mecanismo para restituir os mais pobres que pagarem o imposto.

“O que ele está propondo é que pessoas com renda mensal de até R$ 178 reais paguem mais por produtos básicos para depois serem ressarcidos pelo governo. O povo vai comprar o arroz e não vão ter dinheiro para comprar o pão porque o governo só vai restituir o dinheiro no outro mês”, afirmou o senador.

O senador também lembrou o aumento de preço recente da carne vermelha, que chegou a subir 60% em alguns locais.

“O consumo de ovo no Brasil segue batendo recorde porque o brasileiro não tem mais dinheiro para comprar carne. Se esse projeto passar, vai ficar difícil para o brasileiro comprar até o ovo”, disse.