Em audiência com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o líder do PT no Senado Federal, Humberto Costa (PE), pediu apoio para a implantação de mais institutos federais de educação no Estado, de forma a contemplar as suas diferentes regiões em suas vocações econômicas. “O ministro está estudando essa questão. Pernambuco deverá ser contemplado com seis ou sete institutos”, informou o senador, após o encontro com o ministro, realizado na tarde desta quinta-feira (2/6).
“Pernambuco é um dos estados que mais está crescendo no Brasil, atraindo inúmeros investimentos que vão gerar produtos de altíssimo valor agregado, alta tecnologia e exigir profissionais capacitados para a ocupação dessas vagas. Por essa razão, é fundamental que façamos um esforço concentrado e rápido de formação e qualificação profissional”, ressaltou o senador.
Segundo Humberto, o Estado será beneficiado no programa de expansão das escolas técnicas do Governo Federal. Serão 100 novas unidades em todo o País. A ampliação deverá ser anunciada pela presidenta Dilma no segundo semestre deste ano. O líder entende que os institutos federais de educação atendem melhor às demandas por formação de profissionais qualificados. “O melhor caminho para isso é o investimento em escolas técnicas, particularmente nas escolas do Governo Federal, os institutos tecnológicos que formam profissionais técnicos e não apenas em nível médio, mas também em nível superior”, explica o senador.
Além de ministrar cursos adequados ao desenvolvimento regional de cada uma das regiões de Pernambuco, os institutos contribuirão para a formação de pessoal para o Complexo Portuário e Industrial de Suape. Atualmente, o Instituto Federal de Pernambuco tem campus no Recife, Ipojuca, Pesqueira, Barreiros, Vitória de Santo Antão, Belo Jardim, Garanhuns, Caruaru e Afogados da Ingazeira. E o Instituto Federal do Sertão de Pernambuco está presente em Petrolina (zona rural e urbana), Floresta, Salgueiro e Ouricuri.
MÉDICOS – Humberto também pediu ao ministro para contemplar Pernambuco com a ampliação dos cursos de medicina no Brasil. “O déficit no Estado é grande. A proporção entre médicos e população no estado é baixa”, avalia o senador. Segundo dados do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cresmesp), existem apenas 1,37 médicos por mil habitantes em Pernambuco. Em Cuba, por exemplo, essa proporção é de 6,4 médicos a cada mil, na Argentina a relação é de 3,1 e, na cidade de São Paulo, é de 4,3.
Foto: Wanderley Pessoa.