O senador Humberto Costa (PT/PE) defendeu nesta semana na Comissão de Assuntos Sociais do Senado a manutenção de investimentos que possam alavancar as mais diversas regiões econômicas do país e, em especial, de Pernambuco. Junto com outros senadores, o petista pediu vistas ao Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 142, de autoria do senador Renan Calheiros (PMDB/AL). A matéria diz que recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devem ser alocados conforme o Ìndice de Desenvolvimento Humano (IDH) e os arranjos produtivos locais dos municípios. Esse tipo de medida afetaria, por exemplo, o Pólo Petroquímico situado no Complexo Industrial e Portuário de Suape.
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“Reconheço o mérito da preocupação do senador Renan ao apresentar esse projeto. No entanto, é necessário levar em consideração alguns aspectos que precisam ser melhor discutidos. Um deles é que há um entendimento no BNDES de que recursos do banco não devem ser limitados a municípios com determinados IDH ou com certos arranjos produtivos, porque isso significa que ações em andamento não teriam a sua continuidade garantida. Mais de 50% dos recursos do BNDES não estão em municípios com IDH previstos no projeto”, considerou o senador.
Além disso, Humberto explicou que a repercussão de projetos financiados com recursos do BNDES não se limita ao município que recebe aqueles incentivos. “Vamos tomar como exemplo o polo petroquímico, com recursos do BNDES. Ele interfere em toda a Região Metropolitana, pois está em Suape. Interfere na Zona da Mata e no Agreste, pois várias indústrias têxteis estão se instalando lá para utilizar o POY como matéria prima para produção de tecidos. Ele interfere no Agreste pernambucano, no polo de confecções, porque várias empresas vão usar esses tecidos. E interfere para o sertão, pois o projeto do polo têxtil também vai trabalhar com algodão, cuja produção está sendo reativada no Sertão”, argumentou o senador.
Fonte: por Ines Andrade, do Blog de Humberto.
Vídeo: André Corrêa / Liderança do PT no Senado.
