Humberto defende SUS e Mais Médicos em encontro internacional

Senador falou para uma plateia de mais de 300 parlamentares e profissionais de saúde.  Foto: Assessoria de Comunicação
Senador falou para uma plateia de mais de 300 parlamentares e profissionais de saúde. Foto: Assessoria de Comunicação

 
Para uma plateia de mais de 300 parlamentares e profissionais de saúde de todo o continente americano, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, foi autor de uma palestra sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e o programa Mais Médicos.
Representante brasileiro no I Congresso de Comissões de Saúde dos Parlamentos das Américas, que encerra nesta sexta-feira (5) em Paracas, no Peru, o senador explicou que o SUS, maior sistema de cobertura e acesso universais do planeta, foi estruturado pela Constituição de 1988.
Humberto pontuou aos participantes que, antes disso, a seguridade social era restrita aos que cotizavam para o sistema. “Quem não contribuía, estava fora. Quando o Brasil universalizou os serviços de uma só vez, ocorreu que os trabalhadores se sentiram prejudicados em ter de dividir a rede pública de saúde com quem não trabalhava”, ponderou.
A consequência, segundo Humberto, saudado no evento como o primeiro ministro da Saúde do governo do presidente Lula, foi uma profusão de planos de saúde, que deu origem a um sistema suplementar. “Os brasileiros passaram a achar o SUS um caos e partir para planos privados, como se lá fossem escapar de filas. Na verdade, os planos de saúde no Brasil cobram caro para oferecer serviços baratos. Quando o cidadão precisa de um serviço caro, os planos se negam a cobrir e o empurram para o SUS”, afirmou Humberto.
MAIS MÉDICOS
Problema comum nas Américas, os serviços de saúde estão sendo repensados em todo o continente dentro da ótica dos direitos humanos. O Brasil é o único país a oferecer cobertura e acesso universais na América Latina e Caribe. Nos demais países, a cobertura e o acesso aos serviços de saúde devem ser pagos pelos cidadãos, o que prejudica o atendimento às parcelas mais pobres, especialmente os povos indígenas – que representam, por exemplo, 63% dos bolivianos – e afrodescendentes.
O líder do PT apresentou aos participantes o programa Mais Médicos, criado pela presidenta Dilma, como uma solução a curto prazo para levar profissionais a áreas onde não havia ou era escasso o atendimento à atenção básica de saúde. “Hoje, já temos cerca de 18 mil médicos a mais pelas regiões distantes do país, entre elas muitos distritos indígenas isolados, oferecendo dignidade a mais de 60 milhões de brasileiros”, esclareceu. Na fala seguinte, o representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) no encontro fez elogios ao Mais Médicos e disse que os demais países da região deveriam conhecer o programa com mais atenção.