Humberto diz que golpe ameaça credibilidade internacional do Brasil

Líder do Governo, Humberto Costa levou ao Senado críticas de instituições internacionais à tentativa de golpe. Foto: Alessandro Dantas/Liderança do PT
Líder do Governo, Humberto Costa levou ao Senado críticas de instituições internacionais à tentativa de golpe. Foto: Alessandro Dantas/Liderança do PT

 
Para o líder do Governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), as recentes demonstrações de preocupação de entidades internacionais sobre o impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff (PT) mostram que o processo é frágil e afeta a credibilidade internacional do país. Nesta sexta, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro , deve se reunir com a presidenta da República para tratar sobre o tema.
Aos jornais, Almagro disse que vê o impeachment como “o jogo do ao contrário”, já que existem “congressistas acusados e culpados” defendendo a saída de Dilma, “que não é acusada de nada”. Além da OEA, a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) divulgou nota em que afirma que o impeachment é “uma preocupação para a segurança jurídica do Brasil e de toda a região”. Também esta semana, a Organização das Nações Unidas (ONU) se pronunciou e demonstrou “preocupação” com a tensão no país e defendeu o respeito “às instituições democráticas pelas quais o Brasil lutou tanto”.
“O que está em jogo no Brasil não é o projeto de um partido político, mas sim o Estado democrático de Direito e o respeito ao voto de 54 milhões de brasileiros. A manifestações públicas de tantas entidades internacionais demonstram a gravidade dessa tentativa de golpe”, disse Humberto, que também é um dos representantes brasileiros no ParlaSul, entidade que reúne congressistas de todo o Mercosul. O próprio ParlaSul também divulgou nota contra ao que chama de “tentativa ilegítima de destituição da presidenta eleita democraticamente”.
O senador disse, ainda, estar otimista com a votação do impeachment no domingo. “O governo têm os votos para barrar esse golpe odioso, mas esta é uma batalha diária. O que a gente vê, também, é uma crescente mobilização nas ruas contra esta tentativa de violação da ordem democrática. O povo brasileiro sabe o que está em jogo e não que voltar ao passado”, afirmou.