Foto: Roberto Stuckert Filho

Membro titular da CPI da Covid, o senador Humberto Costa (PT-PE) recebeu com extrema indignação a informação de que servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foram vacinados secretamente, em prejuízo do Plano Nacional de Imunizações (PNI). O senador oficiou o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) para que investiguem o caso.

Arquitetada pelas Forças Armadas, que também vacinaram todo o seu efetivo em Brasília, enquanto a capital do país enfrenta sérios problemas na imunização da população, a vacinação secreta de centenas de servidores da Abin é um “privilégio inaceitável” na avaliação de Humberto.

É uma clara forma de trapacear a legislação vigente e rasgar o PNI. Enquanto as pessoas comuns sofrem para ter o direito até de agendar sua vacinação, há um rol secreto de servidores sendo vacinados na frente de cidadãos com comorbidades, de grávidas, de mais idade. É algo gritante, que fere todos os princípios que regem a administração pública.

Senador Humberto, presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado e ex-ministro da Saúde

Humberto pediu ao MP junto ao TCU, ao MPF e à DPU que abram procedimento de ação civil pública, “na qual se defenda a reparação dos imensos danos morais coletivos havidos no processo de ‘vacinação secreta’, contra todos os agentes que agiram ou se omitiram na guarida do bem público saúde, mormente pelo assomado e grave contexto da pandemia da Covid-19”.