Morte de jovem baleado em protesto evidencia crise na segurança pública, diz Humberto

Está claro que o Pacto Pela Vida, que começou como um programa exitoso, virou peça de ficção. Foto: André Corrêa/ Liderança do PT no Senado
Humberto: Está claro que o Pacto Pela Vida, que começou como um programa exitoso, virou peça de ficção. Foto: André Corrêa/ Liderança do PT no Senado

 
A morte do jovem Edvaldo da Silva Alves, 19 anos, levou o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT), a fazer duras críticas à gestão da segurança pública em Pernambuco. Edvaldo morreu na madrugada dessa terça-feira (11), após complicações causadas por um tiro disparado por um policial militar durante um protesto justamente contra a violência, no dia 17 de março, em Itambé, na Mata Norte de Pernambuco. Baleado na virilha, o jovem foi arrastado para até uma viatura da PM. Um vídeo com as cenas de violência policial se espalharam pelas redes sociais.
“Quis o destino, por infelicidade, que o rapaz que saiu às ruas para pedir paz, para solicitar mais policiamento na sua cidade, fosse morto pelos mesmos que deveriam estar na rua protegendo ele. A morte de um jovem 19 anos que apenas ecoou o clamor de todos os pernambucanos evidencia o tamanho da crise que estamos vivendo em Pernambuco”, afirmou o senador.
Quase mil pessoas foram assassinadas em Pernambuco, nos primeiros dois meses de 2017. Segundo dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), foram confirmadas 977 mortes entre janeiro e fevereiro. O número é mais de 47% maior do que no ano anterior e é o pior resultado desde 2006, quando o Governo do Estado começou a contabilizar a série histórica.
“Está claro que o Pacto Pela Vida, que começou como um programa exitoso, virou peça de ficção O que a gente vê hoje é Pernambuco estampar manchetes com sangue. Temos números que se assemelham a uma guerra. O Estado segue sem rumo e sem liderança. Parece até que os governantes daqui vivem em uma realidade paralela. Não existe enfrentamento ao problema, o que vemos são ações pontuais e ultrapassadas e que não atendem às necessidades do nosso povo. É preciso coragem para mudar essa retórica de mortes e de violência no Estado. Não podemos mais permitir que mais vidas sejam perdidas nessa batalha diária que hoje se vive em Pernambuco”, salientou Humberto Costa.