Povos indígenas se encontram com Humberto e pedem soltura de Lula

Índios entregam carta aos parlamentares afirmando que estão juntos na luta pela liberdade dele e não irão descansar enquanto ele não estiver do lado dos povos da terra de novo. Foto: Roberto Stuckert Filho
Índios entregam carta aos parlamentares afirmando que estão juntos na luta pela liberdade dele e não irão descansar enquanto ele não estiver do lado dos povos da terra de novo. Foto: Roberto Stuckert Filho

 
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil se reuniu, nesta quarta-feira (25), com a bancada do PT e da Oposição no Senado, liderada por Humberto Costa (PT-PE), e pediu a soltura de Lula e apoio contra os retrocessos causados pelo governo Temer e seus aliados da bancada ruralista no Congresso Nacional.
Em carta endereçada ao ex-presidente, entregue aos parlamentares no encontro de hoje no Senado, os índios afirmaram que estão juntos na luta pela liberdade dele e não irão descansar enquanto ele não estiver do lado dos povos da terra de novo.
“Os índios foram muito claros ao dizerem para a gente que o atual governo está desmontando as políticas públicas de educação e saúde de suas tribos e, ainda, atrasando a demarcação de terras. Isso tem gerado uma onda de violência no campo sem precedentes, partindo dos ruralistas, com a omissão e inércia de Temer. Não podemos deixar que essa situação permaneça”, declarou Humberto.
O líder da Oposição lembrou que Temer já demitiu dois presidentes da Funai por pressão dos ruralistas. O último deles, na semana passada. lNa carta, os índios afirmam que a prisão de Lula é uma tentativa de retirá-lo do pleito eleitoral e que a grande verdade é que em seu cárcere “eles demonstram preconceito e racismo, pois para essa elite é impensável que um homem do povo seja mais popular do que um deles”.
“Pelo seu cárcere, tentam encarcerar os nossos sonhos. Mas eles esquecem que muitos dos nossos guerreiros tombaram na luta, e aqui estamos, mais firmes do que nunca e de cabeça erguida, pois vamos continuar lutando”, diz a carta.
O senador prometeu se empenhar ainda mais para denunciar o genocídio dos povos indígenas e lutar intensamente pela retomada da democracia, das demarcações de terras e pela preservação dos direitos dos povos originários.
Ele foi até o 15º acampamento Terra Livre, montado em Brasília, para marcar a semana de mobilização nacional. Os povos da terra estão reunidos na capital federal desde o dia 23 e pretendem ficar até o dia 27.