Programas sociais já sofrem cortes severos, alerta Humberto

Humberto Costa denuncia que programa de cisternas está sendo interrompido. Foto: Alessandro Dantas/ Liderança do PT
Humberto Costa denuncia que programa de cisternas está sendo interrompido. Foto: Alessandro Dantas/ Liderança do PT

Após adotar cortes profundos nas áreas de educação e da saúde, o governo Interino de Michel Temer (PMDB) ameaça, agora, programas sociais. Os novos alvos da gestão do peemedebista são a política de implantação de cisternas, o programa de aquisição de alimentos da agricultura familiar e os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).
A possibilidade está sendo avaliada pelo ministro do Desenvolvimento Social e do Desenvolvimento Agrário, Osmar Terra (PMDB-RS), que já admitiu publicamente que não há recursos em caixa para a manutenção dos projetos. “É um absurdo o que este governo provisório e ilegítimo está fazendo. Está claro o desmonte da estrutura do Estado e a inversão de valores. Estão querendo acabar com ações que beneficiam a população mais pobre para manter os privilégios dos mais ricos”, disse o senador.
Segundo Humberto, a extinção de projetos, como o de implantação de cisternas, vai afetar diretamente os pernambucanos. “O governo Dilma garantiu a construção de mais de 100 mil reservatórios de água da chuva para o consumo humano e para a produção. Mais de 60% dos municípios do nosso Estado estão sendo beneficiados pelo projeto. Foi por conta dessa ação que milhares de pernambucanos passaram a poder conviver com a seca com dignidade. Agora, o ministro fala em cortar exatamente uma ação como essa, que garante qualidade de vida e ajuda no sustento de moradores do semiárido. É inadmissível”, afirmou Humberto.
Para o líder do Governo Dilma no Senado, o argumento da falta de recursos “não convence”. “Em um governo, as coisas são feitas em uma ordem, obedecendo a prioridades, a um critério de importância. Cortar projetos que garantem água, apoio aos mais necessitados e ajuda aos agricultores de todo Brasil é uma irresponsabilidade. Mas se esse governo que aí está acha que vamos assistir a esse desmonte calados, se engana. Vamos ocupar as ruas, as redes, as tribunas. Não vamos deixar que este presidente sem legitimidade e sem voto golpeie de morte a população brasileira”, garantiu o senador.