Temer vai gastar R$180 milhões para dizer não tem dinheiro para a previdência, denuncia Humberto

Humberto: O governo Temer não tem apoio nem dentro e nem fora do Congresso para aprovar esse projeto que é absurdamente danoso para o trabalhador. Foto: Roberto Stuckert Filho
Humberto: O governo Temer não tem apoio nem dentro e nem fora do Congresso para aprovar esse projeto que é absurdamente danoso para o trabalhador. Foto: Roberto Stuckert Filho

 
Apesar do discurso de austeridade, o governo de Michel Temer (PMDB) vai liberar R$ 180 milhões de verba de publicidade para tentar convencer a população de que a Reforma da Previdência é boa para os brasileiros. Entre as alterações previstas pelo governo estão a fixação de uma idade mínima de 65 anos para requerer aposentadoria e a elevação do tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos.
Para o líder da Oposição, Humberto Costa (PT), ação mostra o desespero da gestão peemedebista que, até agora, não conseguiu os votos necessários para a aprovação do projeto no Congresso Nacional. “O governo Temer não tem apoio nem dentro e nem fora do Congresso para aprovar esse projeto que é absurdamente danoso para o trabalhador. Vejam só, ele diz que não tem dinheiro para saúde, para a educação e nem mesmo para pagar a Previdência, mas tem dinheiro para gastar com propaganda para tentar enganar a população”, afirmou o senador.
A verba de publicidade será destinada para jornais, sites e emissoras de rádio e televisão cujos comunicadores aceitem falar bem da reforma. Deputados e senadores serão os responsáveis pela indicação dos órgãos que receberão a verba publicitária.
“A propaganda virou moeda de troca do desgoverno Temer, assim como a concessão de cargos e a liberação de emendas. Tudo para tentar garantir o apoio a essa reforma nefasta que, na prática, acaba com a aposentadoria dos trabalhadores desse país. Mas os parlamentares sabem o peso que é estar com esse governo impopular e apoiar esse projeto junto à população. Todos seguimos mobilizados, nas ruas e nas redes contra essa proposta que quer fazer com o trabalhador brasileiro morra de trabalhar”, concluiu.